PRESTES A VOLTAR AO PSDB, CIRO GOMES DEVE DISPUTAR SUCESSÃO DE ELMANO

São cada vez maiores as chances de o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) voltar ao PSDB, para se candidatar à sucessão do governador Elmano de Freitas (PT).

Os dois temas - filiação e candidatura - foi o cardápio principal de almoço, em Brasília, com caciques do partido, na última segunda-feira (14).

A reunião foi realizada no apartamento do líder do PSDB na Câmara, Adolfo Viana (BA), na Capital Federal.

Além de Tasso e Viana, também estiveram à mesa Marconi Perillo e Aécio Neves.

De acordo com a imprensa nacional, a volta de Ciro ao ninho tucano deve acontecer entre agosto e setembro.

O ex-governador está de relações cortadas com o irmão, senador Cid Gomes (PSB), integrante do grupo político que dá apoio político ao Palácio da Abolição.

Ex-padrinho

Ciro foi levado à Capital Federal pelo ex-padrinho político, ex-governador e ex-senador Tasso Jereissati (PSDB).

Tasso lançou Ciro à Prefeitura de Fortaleza, em 1988, e ao Governo do Estado, em 1990. Depois, o então governador virou ministro da Fazenda, do governo Itamar Franco - época da instalação do Plano Real.

É dessa época a primeira passagem de Ciro pelo PSDB - antes, estava no então PMDB (hoje MDB) de Juraci Magalhães, de quem foi vice na Prefeitura de Fortaleza.

Ciro foi quatro vezes candidato à Presidência da República. Na última tentativa, em 2022, ficou em quarto lugar, com pouco mais de 3% dos votos.

O provável candidato ao governo do Estado começou a carreira política como deputado estadual, quando foi líder do primeiro governo Tasso (1986-1990) na Assembleia Legislativa.

Ciro já foi filiado ao PDS, PPS, PSB e Pros.

Articulação com a oposição                                                                                                                                 No seu berço político, uma reunião entre líderes da oposição e o ex-senador Tasso, marcada para a tarde desta terça-feira (15) em Fortaleza, reforçou as expectativas em torno do anúncio da filiação do ex-ministro.

Ciro, no entanto, chegou antes dos demais convidados da oposição e conversou apenas com Tasso e Roberto Cláudio (sem partido), seu ex-correligionário no PDT. Na saída, preferiu não dar declarações à imprensa.

Questionado sobre o futuro político do aliado, Roberto Cláudio afirmou que apenas Ciro pode esclarecer sobre suas próximas movimentações.

“Só o Ciro pode falar sobre isso, eu não vou falar em nome dele. Ele continua filiado ao PDT, tem alguns convites formais e notícias da imprensa de outros convites, mas só o próprio Ciro que pode se manifestar sobre esse assunto”, afirmou.  

 Fonte: O Otimista