O Ceará
está na terceira pior colocação do Nordeste em relação à qualidade da malha
viária das rodovias. Segundo a 16ª Pesquisa da Confederação Nacional do
Transporte (CNT) de rodovias, divulgada ontem, 70,4% das rodovias cearenses são
consideradas regulares (38,2%), ruins (23,9%) ou péssimas (8,3%). O Ceará, com
29,6% de estradas ótimas (4,9%) e boas (24,7%), só está à frente de Pernambuco
e Maranhão.
A
pesquisa leva em conta a qualidade do pavimento, sinalização e da geometria
(perfil) da via. No Ceará, foram avaliados 3.400 quilômetros de rodovias.
Destas, 2.289 são federais (BRs) e 1.111 quilômetros são estaduais (CEs).
Nas
rodovias federais, os números dividem-se da seguinte maneira: 34% são
consideradas ótimas e boas; e 65,9% são avaliadas como regulares, ruins ou
péssimas. Já entre as rodovias estaduais, 20,5% são consideradas ótimas ou boas
e 79,5% receberam a classificação de regulares, ruins ou péssimas.
Se levado
em conta só o quesito “pavimentação”, no qual é analisada a qualidade do
asfalto nas estradas, os números são melhores: 51,9% das rodovias são
consideradas ótimas e boas.
Dos 3.400
quilômetros avaliados, 1.034 km (30,4%) estão com a pista totalmente perfeita;
1.730 km (50,9%) estão desgastados; 404 km (11,9%) possuem trincas ou remendos,
222 km (6,5%) têm afundamentos, ondulações ou buracos; e dez quilômetros
encontram-se totalmente destruídos (0,3%). Para recuperar as rodovias, o CNT
estima que o Ceará precisaria investir R$ 1,3 bilhões.
Pelo
levantamento, as estradas cearenses em piores condições são: CE-138 (liga
Morada Nova à BR-116), CE-329 (Liga Ipu à BR-403) e BR-403 (Sobral a Santana do
Acaraú). Nacionalmente, percebe-se que os estados do Norte possuem as piores
rodovias. Já São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul possuem as melhores
malhas viárias.
O diretor
de obras e engenharia rodoviária do Departamento Estadual de Rodovias (DER),
André Pierre, informa que, na última avaliação feita pelo órgão, 80% das
rodoviais estaduais foram consideradas ótimas e boas - número bem acima da
pesquisa CNT.
Segundo
ele, é preciso levar em conta que a pesquisa da Confederação avalia rodovias
voltadas para o tráfego de veículos pesados e, por isso, nem todas as CEs
entram no estudo, pois a maioria é voltada para o uso de veículos de passeio.
“Nos últimos seis anos, o Estado do Ceará investiu mais de 2 bilhões de reais
em implantação e restauração de rodovias. E estamos finalizando o projeto do
BID 4 que, a partir do próximo ano, vai investir mais R$ 1,2 bilhão”, comenta.
FONTE: O
Povo
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