Maria de Fátima Teles é muitas mulheres em uma só. Ela é uma
historiadora, uma pedagoga e uma assistente social que estuda Direitos Humanos
e Psicopedagogia Institucional. E ainda há espaço para mais um ofício: o de
escritora. Não que a poesia exija dela especialização e estudo – pelo
contrário, os versos parecem sair sem dificuldade da mente dessa
brejo-santense. Lançado em outubro passado na Feira Literária do Pará (Flipa), Alumbramento é
um livro que mistura amor e cupuaçu, sentimentos e açaí, saudade e taperebá, em
um louvor à vida e ao estado que a recebeu, o Pará. No mês passado, de volta a
Brejo Santo, ela apresentou Alumbramento ao Cariri.
Confira abaixo alguns dos poemas do livro.
Além do horizonte
O horizonte aponta
entre as incertezas do futuro
clareia os dias
para que nos fortaleçamos
na importância da luta
na oportunidade da aprendizagem
e nos impulsiona a agir
entre a espera e o cansaço
levantamos
e em passos lentos seguimos
continuando marcha em curso
cumprindo nossa tarefa
muitas vezes, árdua e dolorida
para abraçá-lo
onde os sonhos nos esperam
lá onde os nossos olhos
alcançam e se perdem
para abraçá-lo, lá longe!
entre as incertezas do futuro
clareia os dias
para que nos fortaleçamos
na importância da luta
na oportunidade da aprendizagem
e nos impulsiona a agir
entre a espera e o cansaço
levantamos
e em passos lentos seguimos
continuando marcha em curso
cumprindo nossa tarefa
muitas vezes, árdua e dolorida
para abraçá-lo
onde os sonhos nos esperam
lá onde os nossos olhos
alcançam e se perdem
para abraçá-lo, lá longe!
Amor libertador
A minha alma
encontrou a tua
em meio a tempestades
vindas de tantos mares
o meu corsário aportou
em teus rios
para te lembrar
que podes voar
como gaivota, como águia
e ainda que volte
para os teus rios
ou para o mar
procurando se alimentar
e o desejo saciar
serão sempre os céus
na sua imensidão
a te iluminar.
encontrou a tua
em meio a tempestades
vindas de tantos mares
o meu corsário aportou
em teus rios
para te lembrar
que podes voar
como gaivota, como águia
e ainda que volte
para os teus rios
ou para o mar
procurando se alimentar
e o desejo saciar
serão sempre os céus
na sua imensidão
a te iluminar.
Eu, barco e rio
Aquele barco
que flutua entre rios
sou eu
ébria de solidão e vida
vagando sobre as águas
em busca de ti
em reencontro e desencontro
deslizas de mim
porque não sabe ser amor para mim.
que flutua entre rios
sou eu
ébria de solidão e vida
vagando sobre as águas
em busca de ti
em reencontro e desencontro
deslizas de mim
porque não sabe ser amor para mim.
Exoneração do amor
Foi saindo de mim
de forma lenta e suave
por entre as veias
do meu ventre coronário
sinto o desejo perdendo-se
está sendo carregado
pelos ventos brandos
que te levarão
de encontro aos teus rios
que desaguarão
em outros mares
em muitos mares
segue…
Busca nas água que eleges, elegeste,
a tua felicidade
segue…
de forma lenta e suave
por entre as veias
do meu ventre coronário
sinto o desejo perdendo-se
está sendo carregado
pelos ventos brandos
que te levarão
de encontro aos teus rios
que desaguarão
em outros mares
em muitos mares
segue…
Busca nas água que eleges, elegeste,
a tua felicidade
segue…
Fonte: Cariri
Revista
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