A presidente Dilma Rousseff
sofreu, na noite deste domingo, a maior derrota do ciclo de 14 anos de poder do
PT no Palácio do Planalto. O deputado Bruno Araújo (PSDB) de Pernambuco
deu o 342º voto sacramentando a admissibilidade do processo de impeachment de
Dilma Rousseff. O processo segue agora para o Senado e, nessa segunda-feira,
será definida a composição de uma comissão especial para avaliar as denuncias
de crime de responsabilidade contra a presidente da República. O placar final
ficou 367 votos a favor do impeachment, 137 contra, sete abstenções e duas
faltas.
A votação do processo de
impeachment, que foi antecedida de uma sessão tensa, com troca de farpas,
acusações entre aliados e opositores ao impedimento de Dilma Rousseff, ficou
encerrada por volta das 21 horas. Ao final do embate no Plenário, o PMDB e a
oposição se transformaram nos maiores vitoriosos da briga pelo Palácio do
Planalto.
Se aceita a denúncia no
Senado, a presidente Dilma será afastada por 180 dias e, nesse período, assume
o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). Michel foi eleito vice na
chapa de Dilma em 2014 e, de acordo com a Constituição Federal, é o sucessor
legítimo do cargo em caso de impedimento da presidente.
Michel embarcou nas
articulações pró-impeachment após uma ampla articulação com os líderes da
oposição e, especialmente, com o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo
Cunha (PMDB). Cunha, desafeto da presidente Dilma e do ex-presidente Luiz
Inácio Inácio Lula da Silva, cumpriu o papel de principal sustentáculo do
processo de impeachment.
O domingo, histórico, foi de
acirramento de ânimos, discursos inflamados, muitas acusações, agressões
verbais, expressões chulas em discursos, como ‘bandido’, ‘ladrão’ e ‘canalha’.
Nas ruas, em dezenas de cidades brasileiras, houve protestos, manifestações
contra e a favor do impeachment.
Ao falar pela
liderança do PT do B, o deputado Sílvio Costa, de Pernambuco, saiu em defesa da
presidente Dilma, a defendeu como uma mulher honesta e honrada e atacou o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a quem acusou de comandar o PCC – Partido
da Corja do Cunha, para tirar Dilma da Presidência da República.
Fonte: Ceará Agora
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