segunda-feira, 18 de abril de 2016

CÂMARA ABRE PROCESSO DE IMPEACHMENT DILMA ROUSSEFF

A presidente Dilma Rousseff sofreu, na noite deste domingo, a maior derrota do ciclo de 14 anos de poder do PT no Palácio do Planalto. O deputado Bruno Araújo  (PSDB) de Pernambuco deu o 342º voto sacramentando a admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff. O processo segue agora para o Senado e, nessa segunda-feira, será definida a composição de uma comissão especial para avaliar as denuncias de crime de responsabilidade contra a presidente da República. O placar final ficou 367 votos a favor do impeachment, 137 contra, sete abstenções e duas faltas.

A votação do processo de impeachment, que foi antecedida de uma sessão tensa, com troca de farpas, acusações entre aliados e opositores ao impedimento de Dilma Rousseff, ficou encerrada por volta das 21 horas. Ao final do embate no Plenário, o PMDB e a oposição se transformaram nos maiores vitoriosos da briga pelo Palácio do Planalto.

Se aceita a denúncia no Senado, a presidente Dilma será afastada por 180 dias e, nesse período, assume o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). Michel foi eleito vice na chapa de Dilma em 2014 e, de acordo com a Constituição Federal, é o sucessor legítimo do cargo em caso de impedimento da presidente.

Michel embarcou nas articulações pró-impeachment após uma ampla articulação com os líderes da oposição e, especialmente, com o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB). Cunha, desafeto da presidente Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Inácio Lula da Silva, cumpriu o papel de principal sustentáculo  do processo de impeachment.

O domingo, histórico, foi de acirramento de ânimos, discursos inflamados, muitas acusações, agressões verbais, expressões chulas em discursos, como ‘bandido’, ‘ladrão’ e ‘canalha’. Nas ruas, em dezenas de cidades brasileiras, houve protestos, manifestações contra e a favor do impeachment.

 Ao falar pela liderança do PT do B, o deputado Sílvio Costa, de Pernambuco, saiu em defesa da presidente Dilma, a defendeu como uma mulher honesta e honrada e atacou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a quem acusou de comandar o PCC – Partido da Corja do Cunha, para tirar Dilma da Presidência da República.

Fonte: Ceará Agora


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