segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

PACIENTE PORTEIRENSE COM RISCO DE TETRAPLEGIA SE RECUPERA APÓS NEUROCIRURGIA INÉDITA EM HOSPITAL REGIONAL DE SOBRAL


O jovem aprendiz Augusto Izidorio Martins dos Santos, 19 anos, residente em Porteiras, cidade distante 520 quilômetros de Fortaleza, sofreu um grave acidente de moto. O sinistro ocasionou uma fratura na coluna e motivou uma cirurgia de alta complexidade para evitar a possibilidade de tetraplegia - que atinge a capacidade de movimentar os braços, pernas e tronco.

O paciente fez a intervenção no Hospital Regional Norte (HRN), unidade da Secretaria da Saúde (Sesa), em Sobral, e recebeu alta hospitalar na quarta-feira, 29. Augusto Izidorio teve um dano na segunda vértebra cervical, região conhecida como apófise odontóide.

Segundo a assessoria do HRN, se a lesão for diagnosticada e tratada a tempo, o paciente pode retomar a vida normal. Na maioria das vezes, o tratamento envolve a necessidade de procedimento cirúrgico. No caso do Hospital, foi conduzido com o auxílio de tecnologias, como o neuronavegador, equipamento de ponta que está sendo usado para aumentar a precisão para a neurologia.

“Meu filho está vivo, andando. Eu quase enlouqueci de aflição quando soube do acidente. Graças a Deus, o milagre foi completo. Só tenho a agradecer”, celebra a mãe do rapaz, Ana Lúcia Pereira dos Santos, de 45 anos de idade.

Augusto comemora a perda da chance de ficar tetraplégico. Em apenas dois dias após a cirurgia, ele voltou a andar sem sentir dor no local.

A apófise odontóide participa da junção do pescoço com a cabeça. O procedimento cirúrgico de correção se chama osteossíntese de odontóide por via anterior que é a colocação de parafuso de odontóide para correção da ruptura.

A intervenção tem o objetivo de evitar que o paciente desenvolva sequela neurológica, como incapacidade para andar, usar os membros ou ficar com dores incapacitantes na região do pescoço”, explica o médico neurocirurgião Gerardo Cristino Filho.

O médico neurocirurgião Keven Ferreira da Ponte explica que, anteriormente, a técnica cirúrgica mais utilizada para estas fraturas incluía um bloqueio por trás da coluna no crânio, causando grande imobilidade e limitação ao paciente. Assim, a medicina moderna tratou de mitigar as intervenções. 

Fonte: O Povo

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