CONHEÇA AS LENDAS DA PEDRA BRANCA E OS FÓSSEIS DE PORTEIRAS

Muitas lendas cercam a história da pedra branca, de porteiras, povoando de fantasmas e rico folclore as noites daqueles paradisíacos pé–de-serra. Nas noites enluaradas, nas conversas da bagaceira dos engenhos, de papo para o ar, ouviam muitas destas fantásticas lendas contadas pelos “mais velhos”, sobretudo o velho Antônio Favoza, que caprichava nos detalhes. Lembrou bem de algumas destas lendas quefaziam parte do dia a dia do sitio saco, sobretudo nas rodas das farinhadas e viração de palha das casas dos moradores.

1 - LENDA DO CARNEIRO ENCANTADO:

Nas noites escuras, muita gente chegou a ver um carneiro de ouro encantado indo de um pontal do sítio santo Antônio, extremos da ferradura formada pela chapada do Araripe, englobando o sítio saco e adjacência. O carneiro desfilava suavemente sobre uma corrente de ouro suspensa de u pontal ao outro da serra.

2 - LENDA DA MOÇA QUE SUMIU:

Outra historia fantástica é a da moça que, aproximando se da pedra branca, encantou-se e sumiu para sempre, dela nunca mais se sabendo notícias. Foi tragada pelos mistérios do grande penhasco que dizem “ser oca por dentro”.

3: LENDA DAS REFEIÇÕES NO INTERIOR DA PEDRA

Outra lenda do particular interesse do velho Antônio Faroza,era a de que, quem se aproximasse da pedra branca e colocasse o ouvido nas suas rachaduras, ouviria, com certeza, zoada de pratos e talheres sendo postos na mesa para refeições dos misteriosos habitantes daquela pedra.
A pedra branca domina aquelas paragens, sendo vista de todas as partes, desde muito abaixo da cidade de Porteiras. É um grande e belo rochedo em forma de torre, com aproximadamente trinta metros, só de rochedo, sem falar no elevado monte que o sustenta. Certa vez, o padre Agostinho Mascarenhas, pároco interino de Porteiras, celebrou a santa missa em ima do rochedo, frente a um tosco cruzeiro que lá havia. Ultimamente, devotos do Padre Cícero colocara, em cima do rochedo, uma estatua daquele carismático sacerdote e o diário do nordeste, através do repórter Antônio Vicelmo, documentou e fotografou a ousada odisséia que foi glosada em cordel pelo cordelista Jose Peixoto Júnior, em Brasília.

PORTEIRAS E OS FÓSSEIS


O município de Porteiras esta assentado sobre a bacia sedimentar do Araripe, um dos mais expressivos depósitos fossilíferos do planeta. Os fósseis são vestígios da vida, animal ou vegetal, que ficaram para sempre impressos nas rochas sedimentares. De fato, os fósseis da bacia sedimentar do Araripe onde esta situada o município de Porteiras, são muito conhecidos em todo o mundo em razão não somente da sua grande quantidade, da sua qualidade. Os fósseis da bacia do Araripe distinguem-se no cenário internacional pelo excepcional estado de conservação em que se encontram, contribuindo, desta forma, para que os cientistas de hoje disponham de preciosas informações sobre a origem, formação e desenvolvimento da vida em nossa região no passado bem distante, nos tempos cretáceos, o que significa dizer, há cerca de cem milhões de anos atrás.

É do conhecido de toda a existência destas grandes jazidas de fósseis em Porteiras. É necessário, porém, que nossos cidadãos descubram o valor deste tesouro que a natureza legou a nossa terra para que haja uma consciência de preservação, de respeito e de correta utilização. Merece destaques entre tantos fósseis já encontrados em Porteiras, as vértebras cervicais de um dinossauro, isto quer dizer que Porteiras de hoje figurou num passado remoto na rota dos dinossauros. Esta descoberta consta de importantes livros de paleontologia publicados no Brasil e nos Estados Unidos.

Porteiras devem orgulhar-se desta preciosa herança que recebeu da natureza.

FONTE: www.trilhasecologicas.com