A Universidade Regional do Cariri (Urca), em parceria com o Geopark Araripe Mundial da Unesco e o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, promoveu na manhã desta quinta-feira (22) a abertura da programação "Patrimônio fossilífero e a popularização das ciências - Apresentação do fóssil Ubirajara jubatus".
O fóssil do dinossauro, descoberto no Estado e levado ilegalmente para a Alemanha, foi oficialmente repatriado ao Brasil em 12 de junho e chegou ao Ceará dois dias depois.
A programação conta com uma exposição do Ubirajara jubatus nesta quinta (22) e sexta-feira (23) e na próxima segunda-feira (26) e terça-feira (27), na sede do Geopark Araripe, no município do Crato. A visitação está aberta ao público. Para o acesso de escolas públicas e privadas é necessário agendamento prévio.
FÓSSIL RARO
O Ubirajara jubatus foi levado do Brasil na década de 1990 por pesquisadores estrangeiros e ficou exposto no Museu Estadual de História Natural Karlsruhe, na Alemanha. Agora, ele será encaminhado ao Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, de responsabilidade da Universidade Regional do Cariri (Urca).
O fóssil é do período Cretáceo e tem aproximadamente 110 milhões de anos. Essa é a primeira espécie não-aviária, com estruturas semelhantes a penas localizada na América do Sul, segundo o MCTI.
O dinossauro viveu há 110 milhões de anos, na região da Bacia do Araripe, no Interior do Ceará. O fóssil é do tamanho de uma galinha e revestido por penas em duas placas (positiva e negativa).
A primeira placa mede 47 cm x 46 cm x 4 cm, pesando cerca de 11,5 kg. E a segunda mede 47 cm x 46 cm x 3 cm, com peso aproximado de 8,0 kg. O dinossauro foi retirado de forma irregular do Brasil para a Alemanha.
POLÊMICA EM TORNO DA EXPORTAÇÃO
Após a descoberta ser publicada por pesquisadores ingleses e alemães em dezembro de 2020, a polêmica em torno do fóssil se intensificou. A saída dele do país foi questionada pela comunidade científica brasileira, que apontava para uma possível exportação ilegal.
O Conselho de Ministros do estado de Baden-Württemberg decidiu pela devolução do fóssil em 2022. Entre os motivos, está a não elucidação de aquisição e importação do fóssil.
Fonte: Diário do Nordeste
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