O Massacre de Eldorado dos Carajás foi a morte de dezenove sem-terras que ocorreu em 17 de abril de 1996, no munícipio de Eldorado dos Carajás, no sul do Pará, decorrente da ação da polícia do estado do Pará.
Dezenove sem-terras foram mortos pela polícia, o confronto ocorreu quando 1.500 sem-terras que estavam acampados na região decidiram fazer uma marcha em protesto contra a demora da desapropriação de terras, principalmente as da fazenda macaxeira. A polícia foi encarregada de tira-los do local, porque estariam obstruindo a rodovia BR -155, que liga a capital do estado Belém ao sul do estado.
O episódio se deu no governo de Almir Gabriel, o então governador. A ordem para a ação policial partiu do do Secretário de Segurança do Pará, Paulo Sette Camara,que declarou, depois do ocorrido, que autorizava "usar a força nescessária, inclusive atirar." De acordo com os sem-terra ouvidos pela imprensa na época, os policiais chegaram ao local jogando bombas de gás lacremogênio. Os sem-terra possuiam apenas suas ferramentas de trabalho como foices, facões, enxadas, paus, etc. Os sem-terras insistiram em permanecer no local. a polícia, diante da situação, começou a atirar em direção á multidão. Dezenove pessoas morreram, na hora, outras duas morreram anos depois, vítimas de sequelas, e sessenta e sete ficarm ferridas.
DEZESSEIS ANOS DEPOIS
OS 155 policiais militares que participaram da operação foram indiciados sob a acusação de homicídio pelo inquerito policial militar (IPM). Esta decisão foi tomada premeditadamente, pois pela nossa lei penal, não há como punir um grupo, pois a conduta precisa ser individualizada. Como não houve perícia na sarmas e projéteis para saber quais policiais atingiram as vímas, os 21 homicídios e diversas lesões, permanecem impunices.
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