segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

ÁGUAS DO SÃO FRANCISCO DEVEM COMEÇAR A CHEGAR AO CEARÁ EM SETEMBRO DE 2014


As obras da transposição recomeçaram no início do último janeiro no município cearense de Jati, que dista 525 quilômetros da Capital. Por lá, onde está o trecho mais atrasado da transposição, por enquanto, ainda são 120 pessoas envolvidas no trabalho de preparar a barragem já existente para receber as águas do Rio São Francisco. 

Mas os trabalhos deverão ser intensificados porque a promessa, que é um dos grandes desafios do projeto, é fazer com que as águas do Velho Chico cheguem ao Ceará ainda em setembro do próximo ano, sendo despejadas no reservatório e dele partindo para outras frentes. 

Segundo o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, as obras desta e das demais barragens que serão construídas no Ceará, que fazem parte da meta 2N, ainda vão mobilizar 1.800 pessoas. No momento, a etapa está concentrada na implantação do canteiro de obras e na preparação da barragem de Jati, com supressão vegetal, destocamento e limpeza, estando também em atividade as equipes de fauna, flora e de arqueologia.

Quando a água chegar ao Jati, percorrendo aproximadamente 150 quilômetros desde Cabrobó, em Pernambuco, passando ainda por Salgueiro (PE) e Penaforte (CE), o governador do Estado, Cid Gomes, espera que seja dada funcionalidade ao projeto do governo federal por meio de sua interseção com o Cinturão das Águas do Ceará. "Ficaremos, no Ceará, com o melhor manejo de águas dos estados da Transposição, com o Cinturão das Águas", garante Cid. O Cinturão se constitui de um grande sistema de canais para a condução das águas do São Francisco para a 93% do território cearense.

O projeto, como um todo, envolverá um investimento de R$ 7 bilhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A primeira etapa do empreendimento está em fase de licitação e os projetos das empresas concorrentes foram recebidos na última semana, segundo o governo.
Distribuição no Estado - Saindo de Jati, o Cinturão percorrerá 150 quilômetros, em cinco lotes, passando pelos municípios de Brejo Santo, Porteiras, Abaiara, Barbalha, Missão Velha, Crato e Nova Olinda. O valor orçado desta etapa é de R$ 1,6 bilhões, e a expectativa do governo é de que as obras comecem em maio.

"Nós estamos procurando, através do Cinturão das Águas, já dar efetividade a essa Transposição. E que não seja somente alimentar o açude Castanhão, mas que possa também levar para outras regiões do Estado e ter um sub-pulmão, que é o açude Orós. O Orós passará a integrar, de partida, com o Cinturão, na sua primeira etapa, o Núcleo de Reservação do Estado, além do que ele já tem capacidade", defende o governador.

Lote em Jati - O lote no qual está incluída a barragem de Jati, o de número 5, recebeu autorização do Ministério da Integração Nacional para o início dos serviços em agosto passado, mas a ordem de serviço só foi emitida em dezembro último e as obras só começaram em janeiro. Não há sequer 1% concluído deste trecho.

De acordo com o ministro, houve problemas pelo fato de as jazidas previstas no projeto não estarem em conformidade com a realidade. Outro motivo foi a demora na licença ambiental para a supressão vegetal. A barragem vai levar ainda um ano e meio para ser concluída, de acordo com a empresa responsável pela obra, a Serveng. Além da reforma deste reservatório, serão construídas seis novas barragens, sendo cinco no município de Brejo Santo e outro em Mauriti. A extensão total deste lote é de 40 quilômetros, de Jati à divisa com Mauriti. Contratada por R$ 518 milhões, esta meta deverá estar pronta em dezembro de 2014.

FONTE: Diário do Nordeste/ Welingtonlandim.com.br

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