O senador Cid Gomes (PDT) reconhece que ainda há desafios para uma composição no PDT do Ceará, mas considera o acordo encaminhado para ele assumir a presidência estadual da legenda, com a licença do cargo do deputado federal André Figueiredo.
"Finalmente ontem, nós fizemos uma reunião, o presidente (Carlos) Lupi, o presidente da Fundação Leonel Brizola, Manoel Dias, o André e eu. E pactuamos, pactuamos algo. O André se licencia. Eu assumo a presidência do partido".
O senador disse ainda que se compromete a apoiar André para o novo mandato de presidente do partido, para o diretório que será eleito para tomar posse a partir de janeiro e que conduzirá as eleições do ano que vem.
"Esse diretório, ele tem um mandato até 31 de dezembro e até lá, antes do seu fim, a gente fará uma conversão que elegerá um novo diretório e esse diretório elegerá uma nova executiva. E eu assumi o compromisso de que, numa demonstração de que eu não tenho ambição por cargo, defenderei que o André seja o presidente da executiva a ser eleita pelo novo diretório que tomará posse a partir de janeiro do ano que vem", afirmou Cid.
O POVO - Hoje tem mais uma reunião?
Cid - Não.
OP - Já está finalizado?
Cid - Já, já. Saímos ontem apertando a mão. Aliás foi divulgado de uma foto não? Até assim, de bracinho dado.
Indagado se a situação está pacificada, o senador respondeu: "No meu desejo, no meu desejo sim". Mas, reconheceu que há passos a serem dados.
"Eu sei que tem desafios aí, mas eu tenho humildade, eu tenho disposição para o diálogo para a gente procurar ouvir as angústias, os anseios, as reclamações, tranquilizar em relação a posições autoritárias. Não é do meu feitio, eu não vou impor nada a ninguém. Tudo que eu tenho, tudo que eu almejo, tudo que eu desejo construir é a partir do diálogo, do entendimento e do convencimento. Ou eu convenço a pessoa ou eu não vou impor a ela um pensamento", afirmou.
O senador comentou também sobre o papel que deve desempenhar à frente da legenda até dezembro, com vistas às composições para as eleições de 2024. "Vou cuidar de articular as nossas alianças nos municípios, identificar quem são os quadros nossos que vão ser candidatos. O que é que eles estão entendendo que é o principal desafio que eles têm. Quais são os partidos que eles é pedem e a gente fica na obrigação de dar uma ajuda no plano estadual para que a gente possa se somar".
Com informações de João Paulo Biage, correspondente O POVO em Brasília
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