segunda-feira, 8 de abril de 2013

INAUGURADO O SANTUÁRIO DIOCESANO DA DIVINA MISERICÓRDIA, NA CIDADE DE BARRO


Imagem da Divina Misericórdia
Um público superior a quatro mil pessoas assistiu à solenidade de ereção do Santuário Diocesano da Divina Misericórdia, em Barro, na manhã/tarde do último domingo. O evento religioso durou quatro horas, mas ninguém reclamou, nem arredou o pé do templo ou das tendas armadas ao derredor da igreja-matriz de Santo Antônio. O silêncio respeitoso foi a tônica daquelas horas.

   
O bispo dom Fernando Panico recebeu, em vários momentos da solenidade, aplausos espontâneos dos numerosos fiéis, provando o quanto é estimado na sua diocese. O evento teve a participação de 23 sacerdotes, além de caravanas de fiéis, vindas de quase todas as cidades caririenses, desde os municípios limítrofes da diocese, a exemplo de Campos Sales – fronteira com o Estado do Piauí – até Penaforte, limites com Pernambuco. A distância entre essas duas cidades é de cerca de 300 km. O governador do Ceará, Cid Ferreira Gomes, mandou para representá-lo o Secretário das Cidades, Camilo Santana. Cerca de dez prefeitos também marcaram presença.

A beleza da liturgia católica

   
Dom Fernando Panico saúda os fiéis
A organização do evento religioso foi impecável.  O cerimonial de dedicação de uma nova igreja é rico, e consiste num harmonioso encadeamento de atos litúrgicos, todos eles cheios de significado. Logo no início, dom Fernando Panico abençoou a água, com a qual aspergiu o povo, em sinal de penitência e em lembrança do Batismo, assim como as paredes e o altar da nova igreja, a fim de purificá-los. Depois colocou duas relíquias de santos sob o altar. Essa tradição remonta aos primeiros séculos da Igreja, quando, nos espaços limitados e recônditos das Catacumbas, tornou-se habitual celebrar a Missa sobre a pedra tumular de um mártir.

   Depois do rito da unção, colocou-se sobre o altar um fogareiro para queimar o incenso, sinal de que o sacrifício de Cristo, perpetuado aqui sacramentalmente, sobe até Deus como suave aroma, junto com as orações dos fiéis. Por fim, procedeu-se a iluminação festiva da igreja, além de serem acesas 12 velas, que simbolizam os 12 apóstolos, a lembrar de que Cristo é a Luz que ilumina as nações.

   Por fim, o bispo diocesano ungiu o novo altar do santuário com o óleo do Santo Crisma. Nos quatro ângulos e no centro do altar de granito foram traçadas cruzes com o crisma, que simbolizam misticamente as cinco Chagas do próprio Cristo, o "Ungido" pelo Pai, por meio do Espírito Santo, como único Sacerdote da Nova Aliança.

Momentos finais

  
Padre José Sampaio, também participou do evento
Após a homilia de dom Fernando, o chanceler da Diocese de Crato, Armando Lopes Rafael, fez a leitura do Decreto que criou o Santuário Diocesano da Divina Misericórdia.
   Ao término da leitura, o público irrompeu em demorado aplauso. Falou em seguida o Prefeito de Barro, Francisco Luiz Tavares de Araújo, afirmando: “Este é o maior acontecimento de toda a história de Barro! Depois de hoje, esta cidade nunca mais será a mesma. Preparemo-nos para receber, com muita hospitalidade e apreço, os romeiros do Cariri e de cidades de outros estados que aqui virão em busca do consolo da Divina Misericórdia”. Disse mais o prefeito: “Vou encaminhar projeto de lei, à Câmara de Vereadores, declarando feriado municipal todo dia 7 de abril, para lembrar a criação do nosso santuário diocesano. Este santuário é um marco espiritual, mas também, representará um impulso no progresso desta cidade”.
   Falaram, por fim os padres Francisco Gonçalves Pereira (idealizador do santuário) e o pároco de Barro, padre Arnaldo Pereira do Nascimento.

Fonte: Diocese de Crato



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