quarta-feira, 16 de maio de 2012

PARALISAÇÃO DE OBRA DEIXA A CIDADE DE PORTEIRAS ISOLADA NO CEARÁ

A  Paralisação  de um dos trechos da obra da Trasnsnordestina, entre a cidade de Bejo santo e estrada principal que dá acesso ao municipio de Porteiras, está sendo motivo de costantes reclamações dos moradores. Centenas de pessoas que moram no sítio lagoa do mato  tiveram a rotina modificada desde que foi iniciado o serviço. Há dificuldade de trafegar na área, mesmo de moto ou bicicleta, que são as únicas condições  de trasportes para algumas comunidades. Crianças estão sem frequentar escolas e existe a dificuldade de entrada de mercadoria na cidade.

A obra fica ha 12km do município de mais de 15 mil habitantes. Desde que os trabalhadores pararam os serviços, em dezembro do ano passado prometendo voltar após as festas de fim de ano, os moradores ficaram apreensivos. A poucos metros da BR-116, uma das mais movimentadas do Brasil, a construção do túnel com uma ponte para dar passagem para a cidade de Porteiras motivou um desvio de mais de 2Km para ter acesso ao município. Mas a estrada se encontra em péssimas condições também e por pouco não ficou interditada, por conta das chuvas escassas do inverno deste ano.
Mas os riscos de acidente para as pessoas da comunidade têm aumentado na medida que o terreno em volta do túnel cede. São barreiras altas que se foram e até os canos para drenagem estão descobertos. A área em cima da ponte, que ainda não foi concluída, está tomada pelo mato e uma placa à frente indica que homens estão trabalhando a 100 metros.

INSATISFAÇÃO

O Prefeito da localidade, Manoel Novais, afirmou que há uma grande insatisfação da população e a cidade tem vários prejuizos.
"Aos poucos estamos sendo isolados do resto do Ceará", diz ele, ao acrescentar que ônibus e caminhões deixam de circular na cidade pelas péssimas condições de acesso.
Segundo ele, depois de ir várias vezes ao escritório da obra em Fortaleza, teve a promessa que a obra seria reiniciada em 90 dias. Desde o início, são mais de oito meses convivendo com as dificuldades. O púltimo prazo foi dado durante a vinda da presidente Dilma Rousseff ao Cariri, em março. A promessa foi de que a obra estaria pronta em 30 dias. O comércio da cidade está sendo prejudicada, conforme o gestor, além da convivência com a seca.

A comunidade do sítio lagoa do mato, onde residem cerca de 30 famílias nas proximidades dos trilhos da Transnordestina, é a mais prejudicada. Os sinais de deterioração da obra, antes mesmo de ser concluída, se apresentam, mas, mesmo assim, os trilhos servem de passagem para os trabalhadores que atuam em outros trechos. No  último fim de semana, operários de uma das empresas que atuam na construção faziam reparos nos trilhos da Transnordestina a poucos metros do túnel.

Há poucos dias um caminhão com um carregamento de postes para Porteiras ficou empedido de passar para a cidade. A estrada carroçavel está em péssimas condições. "Tivemos que transportar um a um", diz a chefe de gabinete da administração de Porteiras, Iana Leite Tavares.

Mesmo com as dificuldades, a Transnordestina Logística informa que o acesso de Brejo Santo à Porteiras continua por um desvio provisório, até a conclusão do viaduto sobre a ferrovia. Justifica que ouve atraso na contratação da nova empresa que venceu a licitação para dar continuidade aos serviços e que em breve as obras serão reeniciadas.

FONTE: Veja Juazeiro                                                         

Um comentário:

  1. Lamentável este atraso. Não existe mais obra no Brasil que seja cumprida no prazo determinado!

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