segunda-feira, 22 de junho de 2020

FORTALEZA REGISTRA MENOR TAXA DE TRANSMISSÃO DA COVID-19

Desde o início da pandemia, há cerca de três meses, Fortaleza não tinha alcançado números tão positivos. Segundo a plataforma IntegraSus, a taxa de reprodução efetiva (Rt) do vírus, ou seja, a capacidade de transmissão, caiu para 0,73 na semana passada. No entanto, as autoridades pedem cautela durante a retomada para que não haja recaída.

O Governo do Ceará credita esse resultado às ações tomadas durante os últimos meses, em especial o isolamento social. Além disso, os cuidados da população fizeram o Estado atingir esse índice, que é animador, já que pode indicar uma contenção da covid-19, segundo aponta boletim técnico da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).

Na Capital, epicentro da doença no território cearense, o nível é o menor dentre as regiões de saúde. De acordo com dados coletados na plataforma, a Região Metropolitana de Fortaleza tem taxa de transmissão de 0,83. Cariri, Litoral Leste/Jaguaribe e Sertão Central têm taxa em torno de 1. A região de Sobral completa a lista com 0,93. O desejável, no entanto, é que o índice fique menor que 0,4.

Prudência
Apesar da perspectiva otimista em relação à desaceleração da doença, a secretária executiva de Vigilância e Regulação da Sesa, Magda Almeida, pede que a população mantenha os cuidados de prevenção contra a doença, permanecendo em casa e seguindo as orientações de distanciamento.
“Já conseguimos baixar essa taxa para menos de 1, mas não temos como obter uma resposta definitiva, vai depender muito da adesão das pessoas ao isolamento e às medidas restritivas. O isolamento social é preponderante para que esse número permaneça baixo e possamos reduzir a velocidade da epidemia”, explica.

Histórico
O ápice da transmissão da doença no Estado ocorreu em meados de março, quando o Rt ultrapassou 2. Desde o último dia 31 de maio, a taxa de reprodução efetiva da covid-19 no Ceará está abaixo de 1.
O dado foi levado em conta para a execução do Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais, que é composto por quatro etapas e foi iniciado no último dia primeiro de junho. E 22 dias após esse início, já na fase 2, o índice continua decrescente.
Segundo o Secretário de Saúde, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Doutor Cabeto, caso haja recaída e os dados passem a apontar uma nova onda de contaminações no Estado, será necessário interromper a volta às atividades. “Se nós percebermos que os índices estão aumentando, seremos obrigados a retroceder e, para isso, contaremos novamente com a compreensão da população, pois entendemos os aspectos econômicos e emocionais envolvidos no processo de distanciamento social”, pondera.

Efeitos da volta
Com o fim das primeiras fases da retomada, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já consegue mensurar os possíveis efeitos colaterais da volta em Fortaleza. No entanto, o que se nota até agora é uma resposta positiva, sem aumento no número considerável no número de óbitos ou na taxa de ocupação hospitalar.
“[Estamos] no momento que a gente pode vir a ter mais casos, mas, felizmente, até agora não tem. Estamos acompanhando a demanda assistencial, e não houve aumento”, comemora a titular da SMS, Joana Maciel.

Fonte : O Estado

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