Já são cinco dias de serviços interrompidos na espera de melhores condições de trabalho. Na manhã desta sexta-feira, 07, ocorreu um ato em frente a prefeitura para reafirmar essas e outras reivindicações. Além disso, dentre as pautas debatidas esteve a convocação dos servidores que foram aprovados no último concurso e que já estão há quase dois anos esperando serem chamados para assumirem seus cargos, antes que o concurso perca o prazo de validade.
O que fala o sindicado?
O vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juazeiro do Norte (Sisemjun), Ítalo Freitas, destaca que a greve da saúde prioriza a campanha salarial da categoria, porém, ao mesmo tempo, pauta e traz como debate a necessidade de que sejam convocados todos os concursados do certame de 2019.
“Nós entendemos que não existe conflitos entre as reivindicações dos servidores já efetivados e dos futuros servidores, pelo contrário, foi o próprio sindicado que provocou o Ministério Público (MP) em 2017 para que desse início ao processo de discussões em torno do concurso que se concretizou em 2019. No decorrer do concurso o sindicato sempre esteve atuante, acompanhando o processo, apoiando a luta pela correção da luta de cotas, o acampamento que viabilizou as primeiras convocações, sabendo que o servidor efetivado fortalece o serviço público e resolve alguns gargalos na municipalidade”, disse Ítalo.
Sentindo na pele o descaso
A professora Sâmia de Alencar, aprovada para o cargo de professor do fundamental I, aguarda a convocação e esteve no ato prestando sua solidariedade e apoio aos profissionais da saúde. “Foi greve o servidor público tem que estar junto lutando pelos seus direitos, e estamos aqui para apoiar. Infelizmente a Prefeitura de Juazeiro do Norte não cumpre a lei e não convoca todos das vagas imediatas, então eu estou aguardando na luta”, disse.
Achando que seria convocada logo após a sua aprovação, Sâmia se desfez de tudo em Fortaleza, onde morava. Ela vendeu seu apartamento e bem materiais, além de já ter comprado terreno na Terra do Padre Cícero, aonde sonha fixar residência. A situação é complicada tanto para os que já são efetivados, quanto para os que aguardam a convocação, logo a situação dos profissionais da saúde reflete muito bem o caso dos concursados não convocados. “Falta prioridade, pois o prefeito usa o dinheiro para contratar e não para convocar”, destaca o motorista Cícero Ferreira, que também aguarda convocação.
Assessoria Commonike
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