terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

CRIANÇA COM SÍNDROME GRAVE DE GUILLAIN BARRÉ E FLURONA É TRATADA NO HOSPITAL SANTO ANTÔNIO DE BARBALHA

No dia 31 de dezembro, véspera de ano novo, a paciente Jeniffer da Silva, de 12 anos de idade, que reside na cidade de Campos Sales, deu entrada no Hospital Santo Antônio de Barbalha, mantido pela Fundação Otília Correia Saraiva (FOCS), com perda de força progressiva, iniciando nas pernas e progredindo para o tórax e membros superiores. Os exames iniciais foram realizados e o diagnóstico apontou a síndrome de Guillain Barré.

Jeniffer se encontrava em uma das enfermarias do complexo hospitalar e, após o diagnóstico, teve que ser transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, com isso outros exames complementares tiveram que ser realizados, como o de Covid-19 e Influenza, onde ambos deram positivos, apresentando assim um quadro de Flurona. Todo o tratamento foi custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O tratamento foi realizado pela equipe médica da UTI pediátrica, com cinco sessões bem sucedidas de plasmaferese, processo extracorporal em que o sangue é retirado do paciente e separado nos seus componentes plasma e elementos celulares, devolvendo ao organismo o plasma sem as substâncias que estão causando ou dando continuidade à doença. Para isso houve o apoio muito importante do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), que deu todo o suporte necessário.

Esse foi o primeiro caso pediátrico de plasmaferese na região do Cariri. Destaca-se que após a última sessão ela recuperou praticamente todos os movimentos mais importantes para retomar sua vida normal, inclusive andando sem apoio. A paciente já teve alta e também está curada da Flurona, ao qual testou positivo. 

O que é a síndrome de Guillain-Barré_

Doença autoimune grave em que o próprio sistema imunológico passa a atacar as células nervosas, levando à inflamação nos nervos e, consequentemente, fraqueza, formigamento nas pernas e nos braços, perda de sensibilidade, alterações na pressão arterial, palpitações e paralisia muscular, podendo ser fatal, já que pode interferir na capacidade de movimentação dos músculos respiratórios.

A síndrome tem progressão rápida e a maioria dos pacientes recebe alta após 4 semanas, no entanto o tempo de recuperação total pode demorar meses ou anos. A maioria dos pacientes se recupera e volta a andar após 6 meses a 1 ano de tratamento, mas existem alguns que tem maior dificuldade e que precisam de cerca de 3 anos para se recuperar.

Mais informações:Assessoria Commonike


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